Há muitos bichos para admirar na Ilha do Mel, como a Coruja Buraqueira ou o Saíra, mas os tiês-sangue (Ramphocelus bresilius) certamente estão na lista dos mais amados pelos turistas que visitam a Ilha.

O pequeno pássaro de plumagem preta e vermelha é um dos símbolos da Ilha do Mel e não passa despercebido nem mesmo para um mero observador disperso.

Ele se alimenta de frutos, sementes e vários artrópodes, como grilos, besouros, aranhas, mariposas e lagartas apanhados entre a vegetação.

De acordo com o grupo de conservação BirdLife International a extinção dos animais nos dias de hoje acontece até mil vezes mais rápida do que a taxa natural de mortes.

As notícias para a fauna brasileira não são nada boas. Duas espécies de pássaros – gritador-do-nordeste e limpa-folha-do-nordeste, infelizmente já não existem mais. Isso porque o habitat natural destas espécies foi totalmente destruído.

Gritador-do-nordeste

Gritador-do-nordeste

A ocorrência do tiê-sangue e de outras espécies fica restrita a áreas da Mata Atlântica onde ainda resta alguma porção de floresta e zonas arbustivas, restingas, geralmente próximo aos corpos de água.

Ao observarmos pássaros tão belos como o tiê-sangue fica evidente a importância de conservarmos nossas florestas e consequentemente espécies exuberantes e essenciais para o equilíbrio ecológico.

Como um local de passagem e de descanso para as aves migratórias, a Ilha do Mel é um excelente local para os observadores de pássaros, os birdwatchers, ou para os contempladores da natureza.

E não é beleza apenas para fotografar, mas para curtir.